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A incidência de disfunção sexual é elevada em indivíduos epilépticos, mas a sua etiologia não é clara. Os objectivos do trabalho foram estimar a prevalência de disfunção sexual em pacientes epilépticos e determinar os factores associados à mesma. Realizámos um estudo transversal, descritivo e analítico durante 3 meses, incluindo pacientes tratados por epilepsia no departamento de neurologia do hospital de Gabès. Utilizámos a escala Arizona Sexual Experience Scale para avaliar o funcionamento sexual, o Neurological Disorders Depression Inventory for Epilepsy para detetar a depressão e o Liverpool Adverse Events Profile para medir a toxicidade dos medicamentos. A prevalência de depressão foi de 20%. A disfunção sexual foi observada em 47,5% dos casos. A disfunção erétil foi o distúrbio mais comum nos homens, enquanto o desejo foi a área mais afetada nas mulheres. Os factores de risco para a ocorrência de disfunção sexual foram: o tipo de crise motora generalizada, a duração da epilepsia, a politerapia, a depressão e a toxicidade dos medicamentos.