Bioética e atenção ao paciente sem perspectiva terapêutica convencional: estudo sobre o morrer com dignidade, origem do livro Silêncio, partiu de feridas profundas na sociedade, que reivindica carências. Relaciona-se à bioética e à atenção ao paciente sem perspectiva terapêutica convencional. O tema matriz refere-se ao processo da terminalidade da vida humana e o morrer com dignidade. Silêncio foi elaborado a partir de pesquisa de natureza qualitativa e fenomenológica realizada por meio de entrevistas em profundidade, utilizando dois procedimentos metodológicos: técnicas de história oral e observação participante. As técnicas no campo da história oral e da antropologia permitiram acesso às subjetividades e relações com o outro. Comprovaram empiricamente confiabilidade, eficácia e legitimidade. Considerou-se três atitudes: o controle da dor, a morte domiciliar e o processo de silêncio que por horas ou dias antecede a morte. A atenção aos sujeitos representou respeito às diferenças, abertura de espaço para se criar e reforçar atitudes de autonomia, de dignidade e incentivar o uso de técnicas de cuidados paliativos.