O homem necessita do trabalho para estabelecer relações com o outro e, assim, reencontrar-se em sua própria interioridade. Ao mesmo tempo, o homem apresenta uma exterioridade calcada na realidade objetiva. O homem influencia e é influenciado tanto pela interioridade (subjetividade), quanto pela exterioridade (objetividade), necessitando encontrar o seu ponto de equilíbrio. Da mesma forma, a organização também influencia e é influenciada pelo ambiente interno e externo, cabendo ao gestor equilibrar esses ambientes. O gestor que prioriza a interioridade/subjetividade privilegia a aceitação do outro, o prazer,um método de comunicação direto e personalizado, a criação de alianças pautadas na empatia e na afetividade. Quando prioriza a exterioridade/objetividade, prioriza as relações baseadas na hierarquia, na regulamentação, na formalidade e no temor, ou seja, no sofrimento. O colaborador carrega em si uma subjetividade já estruturada, ao entrar em contato com a realidade do trabalhoé por ela modificado, entretanto, também procura modificá-la em busca de seu equilíbrio. Esse jogo pode provocar tanto o prazer, pela liberação da energia pulsional, quanto o sofrimento, pela sua retenção.