O Streptococcus (S.) pneumoniae é considerado como o principal agente causador de morbidade e mortalidade em crianças menores de cinco anos de idade. As doenças pneumocócicas começam com a colonização do S. pneumoniae na nasofaringe, podendo progredir para doença invasiva se as barreiras naturais forem cruzadas. Nas últimas décadas, o aumento do número de cepas de S. pneumoniae resistentes à antibióticos ¿-lactâmicos e a outras classes de antimicrobianos tem dificultado o tratamento da infecção pneumocócica. De 215 crianças usuárias de creches, foram isolados S. pneumoniae em 152 (71%). As CIM de 137 isolados de portadores mostraram uma taxa resistência de 71% para penicilina e de 21% para ceftriaxona. Dos 52 isolados invasivos, 42% apresentaram resistência à penicilina e 13,5% à ceftriaxona. Os sorotipos mais comuns dos isolados sistêmicos foram 19F (12%), 14, 3, 6A (8% cada), 4, 18C e 9V (6% cada), com cobertura estimada, tanto para vacina pneumocócica conjugada 7-valente quanto para a 10-valente, de 31,8%.