A recorrência de suicídios de trabalhadores provocados pelo stress pôs em evidência questões importantes sobre os métodos de gestão actuais. A relação entre suicídio e trabalho continua a ser pouco clara. No entanto, parece estar a emergir um consenso geral em torno deste debate. Em menos de meio século, assistiu-se a uma explosão do número de artigos dedicados ao fenómeno do stress no trabalho na imprensa profissional, bem como de investigações e relatórios, que testemunham uma tomada de consciência geral. O mundo do trabalho, em rápida mutação, é considerado a fonte de um novo stress, mais mortífero do que nunca. A gravidade do fenómeno levou-nos a analisar mais de perto este risco no local de trabalho e as suas repercussões no indivíduo. Mais especificamente, vamos analisar os factores de stress e examinar um potencial determinante do stress: o desequilíbrio entre esforço e recompensa (Siegrist, 1996).