Até os últimos anos, sabão e água eram os únicos produtos de limpeza disponíveis. O sabão serviu bem à sociedade durante muitos anos, até que a escassez de gorduras e óleos animais e vegetais, os ingredientes básicos necessários para fazer sabão, durante as Guerras Mundiais I e II, motivou a pesquisa de potenciais alternativas. Os estudos levaram à descoberta comercial de surfactantes, que podiam ser feitos sinteticamente a partir de petroquímicos, os quais estavam facilmente disponíveis. Ao contrário do sabão tradicional, os surfactantes eram mais resistentes à água dura e, portanto, melhoravam a eficiência do processo de limpeza. Atualmente, os tensoativos são amplamente utilizados em diversos campos da tecnologia e pesquisa, como farmácia, cosméticos, metalurgia, mineração, papel, couro, indústrias têxteis, agricultura e biotecnologia. De fato, o impacto da poluição surfactante sobre o meio ambiente é significativo. Por outro lado, a biodegradação dos surfactantes tornou-se uma demanda importante devido ao uso crescente de surfactantes e, portanto, aumentando os seus perigosos impactos ambientais. Muitos estudos têm sido realizados englobando tratamentos e alternativas aos tensioactivos não biodegradáveis.