A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa de evolução crônica e potencialmente incapacitante, o que a torna um importante problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil, que em 2004 detectou cerca de 50.000 casos novos da doença. A existência de aglomerados espaciais de casos sugere que a distribuição geográfica da hanseníase seja determinada por fatores genéticos e ambientais. Este trabalho tem como objetivo realizar o mapeamento por Sistema de Informações Geográficas (SIG) do local de residência dos casos de hanseníase detectados na última década nos municípios mais endêmicos do Rio Grande do Norte, permitindo a seleção de áreas urbanas com maior concentração de casos, onde o risco de adoecimento é maior. Este mapeamento permitirá a análise de fatores ambientais possivelmente envolvidos na distribuição espacial da doença ao mesmo tempo em que trará subsídios para que as Secretarias Municipais de Saúde organizem campanhas para detecção precoce de casos com otimização de recursos. Os casos novos de hanseníase diagnosticados nestas áreas serão convidados a participar do estudo de susceptibilidade genética à doença.