Em imunohistoquímica utilizam-se anticorpos para identificar e estabelecer ligação específica com antigénios que são constituintes tecidulares. Sabendo-se que é possível combinar um marcador visualizável com um anticorpo, estão criadas condições para contextualizar a presença de variadas substâncias nas células e tecidos por observação microscópica dos locais onde se encontra o antigénio. Surge assim um poderoso meio de identificação de elementos celulares e tecidulares que podem estar diretamente associados a patologias, bem como das consequências, a nível funcional e morfológico, da ação desses mesmos elementos. Na última vintena de anos, a crescente valorização da investigação e dos diagnósticos diferenciais em Anatomia Patológica tem implicado um desenvolvimento da imunohistoquímica, levando a um progresso destas metodologias para demonstração de antigénios em tecido fixado em formaldeído e incluído em parafina. Não obstante, persistem algumas dificuldades, eco das particularidades de determinadas patologias e de limitações técnicas, pelo que a padronização da imunohistoquímica tem sido uma tarefa dura de completar, sabendo-se que muito depende do Sistema de Deteção utilizado.