As proezas das tecnociências contemporâneas, nos domínios da engenharia genética, da informática, da reprodução, da saúde, da astrofísica, etc., estão a revolucionar o nosso conhecimento do homem, da natureza e do futuro e a dar-nos novos poderes sobre o futuro da aventura humana no universo. Quais são, então, as normas, os princípios e os valores que devem reger, pelo menos simbolicamente, estes avanços da investigação e do desenvolvimento tecnocientíficos (IDT) sobre o homem e o ambiente? Baseado no pensamento de Gilbert HOTTOIS, este ensaio é uma análise lúcida e prudente da relação entre a tecnociência e a bioética como instrumento de apoio. É uma clara chamada de atenção para a necessidade de preservar a liberdade da investigação e do desenvolvimento tecnocientífico, que deve ser sustentada por uma sabedoria filosófica baseada numa ética dos limites e numa pedagogia da humanidade.