Gerir uma doença crónica e um regime terapêutico complexo de forma eficaz é um desafio tanto maior quanto maior for a vulnerabilidade pessoal, familiar e social. Partindo do pressuposto que a forma como é vivida a transição saúde/doença tem implicações na forma como a pessoa responde ao desafio desta gestão, neste livro exploramos, através de um estudo multicasos (vinte e dois casos), os fatores que contribuíram para que essas pessoas tenham apresentado diferentes respostas, que verificamos constituírem "padrões". Estes padrões, que denominamos de estilos de gestão do regime terapêutico, ajudam a compreender e antecipar dificuldades na transição, tendo implicações na intensidade e na intencionalidade das terapêuticas de enfermagem que se pretendem sejam facilitadoras da vivência para uma transição saudável. Este estudo foi orientado pelo PhD Abel Paiva e Silva, cuja visão clara sobre a relevância do autocuidado foi o grande suporte para o desenvolvimento conceptual deste livro.