Este livro discute e problematiza as representações que profissionais do ensino de literatura estrangeira têm da tradução. Por meio de uma entrevista aplicada a professores de Literatura Estrangeira (dentre eles, alguns tradutores) do Brasil e dos Estados Unidos, a autora trata da importância do texto traduzido no contexto acadêmico em geral. Além de um sólido embasamento teórico-filosófico com pressupostos da Desconstrução de Derrida e da Análise do Discurso de Foucault, questões como: fidelidade, originalidade, (in)visibilidade do tradutor e autoria são levantadas e problematizadas via tradução. Olher desconstrói tais conceitos e postula que a tradução representa a sobrevida da obra literária e que o texto traduzido não pode e nem deve ser hierarquizado, ou tido como uma literatura "menor", como se quer crer. A tradução é, com certeza, parte constitutiva e formadora da literatura mundial. O texto traduzido é, acima de tudo, um texto heterogêneo, no qual vozes como as de autores, tradutores e leitores se confundem na busca pela re-significação/re-escritura de um "novo" texto. Uma leitura fundamental a todos os acadêmicos e profissionais da Área de Letras interessados em tradução.
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