Não estagnar o encontro, mas lançá-lo à deriva, iluminando o inacabamento constitutivo de todo o conviver, é apostar no devir, variável e cambiante, desacreditar os binarismos e, consequentemente, liberar a potência da vida e dos contatos. É permitir o traçado de novas dobras, mais maleáveis, amplas, ativas, e viabilizar o redesenho criativo de todos os espaços irrespiráveis de opressões cotidianas que nos enclausuram e reduzem nossa possibilidade de inventar um novo caminho, de reinventar-se, de viver. Desse movimento perpétuo não brotaria nossa única chance? Para mudar com as marcas que nos desestabilizam, compondo novas articulações necessárias. Para conviver com o outro, sem tentar aprisioná-lo, mas sim privilegiar o que pode surgir do contágio. Para deixar nascer o outro em nós e fazê-lo germinar novas texturas, novas nervuras, outras paisagens. Da proposta dialógica entre os escritos de Caio Fernando Abreu e de Reinaldo Arenas surge esse convite, tecido nas malhas de um encontro (por vir).
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