Trabalho das mulheres e divisão sexual do trabalho:
Projetos de geração de renda na política de Assistência Social
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A reestruturação produtiva promove em larga escala alterações profundas no padrão de acumulação capitalista, provocando reflexos irremediáveis no mundo do trabalho. O desemprego estrutural e a informalidade potencializam estratégias de empreendedorismo, que reforçam a "autossuficiência" da classe trabalhadora em manter sua sobrevivência, atingindo, em maior medida, as mulheres, que se tornam público alvo de projetos de geração de renda, a maioria localizada na política de assistência social. Justamente com essa inquietação, a pesquisa procurou revelar os limites das proposta...
A reestruturação produtiva promove em larga escala alterações profundas no padrão de acumulação capitalista, provocando reflexos irremediáveis no mundo do trabalho. O desemprego estrutural e a informalidade potencializam estratégias de empreendedorismo, que reforçam a "autossuficiência" da classe trabalhadora em manter sua sobrevivência, atingindo, em maior medida, as mulheres, que se tornam público alvo de projetos de geração de renda, a maioria localizada na política de assistência social. Justamente com essa inquietação, a pesquisa procurou revelar os limites das propostas dos grupos de geração de renda para mulheres, na perspectiva da divisão sexual do trabalho. O conteúdo das propostas para gerar renda, atualizam tarefas tradicionalmente femininas, desempenhadas na esfera doméstica e ofertadas de forma gratuita, ao longo da história. Procura-se transformar essas práticas em atividades geradoras de renda, capazes de conferir autonomia e empoderamento de mulheres pobres. A reflexão desse livro se debruça no debate da validade dessas ações para a superação das assimetrias de poder entre os sexos, dialogando com a possibilidade histórica de se construir novas práticas.
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