Este livro reúne o que se pode escrever, atualmente, sobre o trabalho penoso. Estuda o trabalho como valor social na sociedade atual e analisa as transformações que atingem a realidade dos trabalhadores no Brasil nos dias atuais. O autor enfoca os desafios enfrentados pelos trabalhadores premidos pelo processo de organização do trabalho, pela desregulamentação, flexibilização e terceirização e pela prevalência do capital sobre a força humana de trabalho. Exemplos de trabalho penoso são destacados em razão das condições extremamente adversas em que são executados: cortadores de cana-de-açúcar e a morte por exaustão ("karoshi"), motoristas de ônibus urbano, trabalhadores em turno ininterrupto de revezamento, garis ou coletores de lixo e trabalhadores de carvoarias. São estudadas nesta obra as medidas preventivas e protetivas da saúde do trabalhador, além de ser destacada a impossibilidade de controle e amenização de determinadas condições de trabalho mesmo no atual estágio das tecnologias e recursos disponíveis. O autor propõe a reparação social dos danos quando os trabalhadores e suas famílias sofrem o impacto nocivo da perda da saúde ou da vida no exercício das atividades penosas.