Historicamente, a tradução tem sido pensada como a transposição de conteúdos de um idioma A para um idioma B ¿ um raciocínio que prevê a existência de línguas homogêneas e estanques. Contudo, em comunidades nas quais política e sociedade são fortemente marcadas por fatores de heterogeneidade étnica e linguística, tal raciocínio se torna inviável, sobretudo quando se nota a enorme diversidade de línguas decorrente dessa heterogeneidade, tanto nas interações entre os falantes quanto na literatura. Esse é o caso da literatura chicana, cujas marcas de heterogeneidade linguística (a escrita construída a partir do inglês, do espanhol e do nahuatl, o code-switching e a subversão de gêneros textuais) desafiam qualquer projeto tradutório que se paute por noções nacionalistas de língua e tradução. Assim, baseando-se em obras literárias de autores como Gloria Anzaldúa e Rolando Hinojosa, este livro traz reflexões sobre as complexas redes linguísticas formadas a partir de processos de mestiçagem e os novos modelos de tradução que tais realidades exigem. Como traduzir e entender uma cultura que, em sua própria raiz, desafia paradigmas de identidade nacional e linguística?
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