O ensino bilíngue para surdos apresenta características que o diferencia do ensino para alunos ouvintes e que, para muitos professores, o dificulta. Mas que características são essas? Como professores ouvintes podem ultrapassar o limite da diferença e produzir novos saberes que propiciem não apenas o ensino, mas também - e efetivamente - a aprendizagem dos alunos surdos? As experiências do cotidiano de uma escola de surdos - Instituto Nacional de Educação de Surdos, INES - influenciam na construção e mobilização desses saberes? Compreender essas questões não significa dizer qual caminho os professores de alunos surdos devem seguir. Nosso objetivo, tendo como base a análise de entrevistas com três professoras de Biologia e Ciências Naturais ouvintes do INES, é conhecer os caminhos por elas trilhados no mundo dos alunos surdos, analisando os seus saberes docentes.