Dividido em três seções complementares, o trabalho contextualiza as universidades de pesquisa tendo como ponto de partida o modelo humboltiano clássico e como ponto de chegada as denominadas universidades de classe mundial. Em seguida, realiza levantamentos de indicadores para analisar o desempenho da Universidade de São Paulo (USP) em comparação com outras universidades brasileiras de pesquisa na concentração de recursos financeiros, científicos e de base organizacional, considerando os números da pós-graduação, quantidade de artigos publicados e recursos de pesquisa e desenvolvimento angariados. Destaca que o princípio do efeito Mateus pode justificar a tendência da USP conseguir galgar mais recursos que outras universidades de pesquisa brasileira. Além disso, argumenta que embora não reconhecida formalmente como uma universidade de classe mundial, os resultados comparativos atingidos pela USP confirmam uma dinâmica de tratamento de ordem de classe mundial. Por último, apresenta as análises e preocupações dos resultados obtidos a partir de entrevistas com professores da pós-graduação na Escola Politécnica na USP.