A questão do nível de vida e do bem-estar econômico sempre ocupou um lugar central nos debates sobre os objetivos da atividade econômica e social. Desde os anos 50, um número impressionante de ideias introduzidas por diferentes economistas deu origem à proposta do "índice de felicidade" como um indicador alternativo ao PIB per capita, que já não reflecte correctamente o bem-estar geral da população. Desde o final dos anos 90 até ao início dos anos 2000, surgiu um novo conceito no terreno. Este é o conceito de bem-estar económico baseado na proposta Osberg, construído sobre quatro dimensões, cada uma das quais representa uma componente que afecta directamente o bem-estar dos indivíduos na sociedade em consideração. As quatro dimensões são: fluxos de consumo, acumulação de estoques de riqueza produtiva, pobreza e desigualdade e, finalmente, insegurança. Este livro não visa a construção de um índice de bem-estar econômico para a Argélia. Trata-se de tomar emprestado algumas das quatro dimensões para avaliar o impacto da transição para uma economia de mercado que a Argélia tem vindo a sofrer há mais de duas décadas.