O papel da curetagem lombo-aórtica é objeto de debate, devido à complexidade da sua execução e às complicações que podem surgir, tanto durante como após o procedimento. É fundamental identificar os factores que limitam este procedimento e avaliar o seu impacto no prognóstico das doentes com cancros ginecológicos pélvicos. Um estudo retrospetivo de 85 pacientes operadas no Hospital Ben Arous durante um período de 19 anos revelou que factores como a obesidade, complicações durante a curagem pélvica, tipo de cancro e experiência dos cirurgiões influenciam a realização da curagem lombo-aórtica. Embora este procedimento esteja associado a complicações, melhora significativamente a sobrevivência livre de recorrência aos 3 anos. Em conclusão, apesar dos desafios técnicos e dos riscos associados, a curagem lombo-aórtica, quando efectuada, parece oferecer um benefício em termos de sobrevivência.