Trata-se de uma tese de doutorado em que foi estudado o efeito de tratamentos térmicos em Titânio comercialmente puro sobre as propriedades indicativas de biocompatibilidade. Além das caracterizações por microscopia ótica, ângulo de contato, energia de superfície, rugosidade, microdureza Vickers, difração de raios-X e microscopia eletrônica de varredura através das técnicas de EBS, EDS e EBSD feitas no Ti tratado, foram cultivados células osteoblásticas sobre esse titânio termicamente tratado e realizados teste de proliferação por MTT, adesão por cristal violeta e expressão da integrina beta1 por citometria de fluxo. Foi verificado que na presença de uma microestrutura muito ordenada, definida através de um ataque químico, as células tendem a se alongar no mesmo sentido da orientação microestrutural do material. Quando essa ordem não acontece, o fator mais importante a influenciar na proliferação celular é a tensão residual, indicada pela dureza do material. Deste modo os discos que apresentaram maior estado de tensão residual apresentaram também maior proliferação celular.