Este livro tem como objetivo estudar, em análise comparativista, a relação entre a linguagem imagética de João Guimarães Rosa e o Cinema de cangaço, a partir de um filme que teria sofrido influência direta do escritor: Deus e o diabo na terra do sol (1964), de Glauber Rocha. Para tanto, serão utilizados conceitos vindos da Literatura, do Cinema e da Filosofia, campos pelos quais transitará esta pesquisa, tal como será descrito adiante. Sabe-se que Guimarães Rosa não gostava de uma certa filosofia, pois navegava por outras lógicas, longe do que ele chama, em uma carta a seu tradutor para o italiano, Edoardo Bizzarri, de ¿a megera cartesianä ou, em uma conversa com o crítico literário alemão, Günter Lorenz, de ¿a maldição do idiomä. Nesse sentido, o aparato filosófico utilizado neste trabalho, passa ao largo e constitui imenso legado crítico ao cartesianismo.