Este livro busca analisar a tessitura e a escrita para trompa observando três modelos que foram utilizados de forma brilhante pelos compositores que conseguiram, apesar das limitações de cada modelo, alçar a trompa da condição de acessório de caça, nos tempos mais remotos, à categoria de instrumento solista e parte integrante da orquestra. A trompa, devido a sua grande tessitura, foi a partir do período clássico dividida em dois gêneros: trompa grave e trompa aguda. A partir do advento da trompa de válvulas na segunda metade do séc. XIX, as composições passam a requerer de um mesmo trompista igual habilidade em toda tessitura. Observamos que a especialização nos gêneros grave e agudo persiste, pois encontraremos passagens solísticas na tessitura grave ou aguda em que é requerida a especialização do trompista de cada gênero.