Nesta pesquisa investigamos as formas de aparição da singularidade dos sujeitos filmados em três produções do cinema brasileiro recente: Avenida Brasília Formosa (Gabriel Mascaro, 2010), O Céu sobre os Ombros (Sérgio Borges, 2010) e Transeunte (Eryk Rocha, 2010). Ao eleger cenários desprivilegiados da cidade (como o subúrbio, a favela e a periferia), tomando o cotidiano como ponto de vista, os filmes revelaram hábitos, gestos, afetos e modos de compartilhamento dos sujeitos da cena, cifrando suas potências de vida. Com esta visada, os filmes revestiram a vida sem qualidades de forte interesse estético, tornando-se importantes lugares de investigação sobre os modos de inscrição da alteridade no cinema brasileiro recente. Compreender como cada filme empregou procedimentos estilísticos para figurar o mundo vivido do qual se aproximou, articulando temporalidade, espaço e personagens, foi o objetivo que nos guiou. Analisamos as três mise-en-scènes, indagando sobre os componentes da escritura dos filmes que, ao se aproximarem do mundo real e histórico, transformam-no em matéria sensível e visível.
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