Trata-se de uma referência no campo da sociologia rural por abordar a relação entre as religiões pentecostais (evangélicas) e os processos de ocupações de terras para projetos de reforma agrária. O texto é resultado de um estudo de caso na região do Pontal do Paranapanema em São Paulo, porém remete à realidade dos Assentamentos em várias localidades. O livro aborda a presença de evangélicos nos movimentos de luta pela terra e os conflitos com o pensamento religioso durante o processo de ocupação. Além disso, relata a retomada das práticas religiosas dos protestantes-pentecostais e dos católicos após a configuração dos assentamento. Quanto à temática sobre religião, a autora revisita as obras da sociologia clássica e contemporânea desmistificando algumas visões de senso comum sobre as religiões, principalmente ao usar o termo weberiano, de um caso de afinidade eletiva entre os interesses sociais e econômicos e os princípios religiosos protestantes. Estas abordagens fazem deste livro um dos únicos do gênero no Brasil.