Há três anos, a Universidade Nacional Autónoma do México, através da Cátedra Dr. Gustavo Baz Prada, concedeu-me uma bolsa para realizar uma investigação sobre os migrantes no município de Xilitla, uma cidade mágica na região de Huasteca, em San Luis Potosí, México. Nessa altura, tinha feito uma revisão do estado do conhecimento sobre migração na América Central, no México e nos Estados Unidos. A literatura mencionava amplamente que o fenómeno migratório implicava a adaptação dos fluxos migratórios em zonas centrais devido à sua economia, mas também havia indicações de que os migrantes assimilavam a cultura que os recebia, embora os trabalhos mais críticos alertassem para uma identidade multicultural que os descendentes dos migrantes seleccionavam já não para se adaptarem ao imponderável, mas para transformarem e inovarem o seu ambiente.