A emergência de um novo Comando de Combate Unificado em 2007 (U.S Africa Command) lançou novas questões acerca do papel e dos desafios que o continente africano tem na agenda estratégica norte-americana para o século XXI. Investigando-se o fenômeno da formação do Africom, elementos históricos-institucionais e de política externa foram analisados, buscando-se, assim, uma compreensão histórico-estratégica dessa ação do governo norte-americano. Inseriu-se também no debate o papel do softpower (poder brando ou encantador) na relação entre os EUA os países africanos. Concluiu-se que a formação do U.S Africa Command se subscreve na Guerra Global ao Terror, implementada desde 200, a qual, por sua vez, tem elementos muito particulares, extritamente relacionados a ações da mesma ordem implementadas em outros cenários ¿ como, por exemplo, na Guerra e na ocupação do Iraque após 2003. O U.S Africa Command apresenta uma significativa ruptura do modus operandi da política externa militar norte-americana, apresentando elementos de cooperação e fortalecimento dos Estados, bem como transferência de know-how militar aos países parceiros.