Há tempos, os materiais didáticos ganharam um espaço significativo nas práticas docentes por serem eles ferramentas que fornecem possibilidades para ensinar e aprender. Em uma visão interacionista, para que deixem de ser ferramentas e passem a ser instrumentos de desenvolvimento humano, é necessária a apropriação e, para isso, eles precisam ser úteis para nós, transformadores de nossas capacidades. Dessa forma, termos em mãos materiais didáticos que ajudem a potencializar nosso poder de agir em prol de um efetivo aprendizado é essencial. Consideramos, portanto, que a prática de análise de materiais didáticos é de grande importância, pois instaura uma vigilância da adequação dos mesmos aos saberes de que dizem proceder; das diretrizes que dizem seguir; dos objetivos que colocam e das demandas sociais a que se destinam e, enfim, sugerir possíveis caminhos a seguir.Propomos, por nos encontrarmos nas ciências da linguagem e dentro de uma visão ISD, compreender, em um contexto particular, como os gêneros textuais são transpostos e propostos para o ensino, ou seja, como é transposto didaticamente e se, de fato, são dadas oportunidades para que sejam instrumentos transformadores do agir.