Parte do reboco da fachada do Museu Nacional de Belas Artes cai na calçada da Rua Araújo Porto Alegre no segundo dia de 2004. Emergencialmente, nos primeiroa dias daquele ano a direção do Museu convocou a defesa civil e o prédio foi envolto numa tela de proteção. Este incidente levou a desenvolvimentos inesperados e múltiplos, com a participação de dezenas de atores. Inicialmente, o IPHAN e os laboratórios da COPPE/UFRJ foram convocados para estudar e propor possíveis ações de restauro. A partir daí, segui-se uma longa polêmica sobre as ações a serem tomadas. Este trabalho analisa a polêmica entre especialistas de diversas áreas que se envolveram no debate propondo intervenções as mais distintas. Para um melhor entendimento dos múltiplos aspectos envolvidos, faz-se aqui também um estudo histórico do prédio e do Museu, contextualizando-os em dois momentos anteriores importantes, quais sejam, aquele da concepção e construção do prédio como sede da Escola Nacional de Belas Artes, naprimeira década do século XX, e sua posterior transformação em Museu Nacional de Belas Artes, cerca de três decênios depois.