Este estudo toma material de entrevista e faz uma interpretação ligando as declarações, experiências e relações dos receptores de órgãos à sociedade em geral, a fim de se chegar a possíveis significados e apresentar um relato cultural do transplante de órgãos. Analisará os entendimentos do corpo e dos seus órgãos e como estes permitem que os órgãos assumam ou tenham uma vida própria, tornando-se parte da vida dos receptores e trazendo consigo uma força social. Mostrará então como este órgão 'animado' vem com obrigações, como parte do círculo de troca de dádivas, do qual a doação e o transplante de órgãos dependem. Sugere-se que as tentativas dos receptores para cumprir esta obrigação são análogas a um tipo de enterro social, um processo que por vezes pode entrar em conflito com o desejo dos parentes dos doadores de ter uma memória do seu ente querido vivo. Zombies e fantasmas são examinados como representações de morte inapropriada em ampla circulação, numa tentativa de dar justiça a algumas das experiências dos receptores. A memória celular é apresentada no final como uma tentativa de superar alguns dos aspectos misteriosos e científicos do transplante de órgãos.
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