Talvez o mérito mais inegável da filosofia seja o de levar aos limites a compreensão humana. Não apenas nos momentos onde força e alarga estes limites, mas também naqueles em que se depara com pontos finais. Pontos realmente finais que lançam o silêncio sobre novas tentativas. A filosofia de Zubiri certamente é um destes momentos. Ela se situa um segundo antes do ponto final dado por Husserl à possibilidade do conhecimento de uma realidade em si pela consciência humana. Teima com ele que o silêncio não pode cobrir tudo. Que a necessidade de realmente estar na matéria e falar desde e sobre ela não são coisas que possam ser caladas.