O presente trabalho apresenta uma introdução ao fazer literário do poeta brasileiro Francisco Alvim. Para tanto, buscou-se recuperar uma vertente da tradição da moderna poesia ocidental sobretudo em termos de como esta delineou historicamente sua problemática para daí dimensionar o conflito específico brasileiro animado pela estética modernista. Resulta disso uma leitura panorâmica de como determinadas manifestações poéticas questionaram o comportamento do sujeito lírico, a saber, Baudelaire, Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade, o que possibilitou vislumbrar por um lado a trajetória de despersonalização na concepção de tal instância discursiva, por outro a configuração do que chamamos aqui de poéticas do legível. Sendo assim, da leitura do flâneur de Baudelaire ao gauche de Drummond, pôde-se, juntamente a Cacaso, avistar um espaço, na tradição mencionada, para a poética de Francisco Alvim, cujo núcleo compositivo parece estar orientado por uma estratégia discursiva voltada à elaboração de um sujeito poético, que ora se faz presente, mesmo que despersonalizado, e ora sai de cena em favor de locuções aparentemente inanes.
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