O entendimento do conceito de impermanência pode ser considerado como a "pedra de toque" buscada para equacionamento dos problemas identificados no sistema brasileiro de saúde. A crise vivenciada pelo setor, indiferenciadamente no segmento público ou privado, há décadas tem sido perspectiva a partir de um conhecimento reducionista bastante míope, embasado em dogmas e paradigmas construídos pelo saber e poder de seus profissionais. A desconstrução dessa realidade, tendo como hipótese inicial reflexões sobre os processos decisórios do seguimento, foi em grande medida favorecida pela Teoria da Complexidade e o Modelo de Mundo de Pavesi, os quais me estimularam a desenvolver um olhar mais substantivo e crítico para as intangibilidades presentes nos processos e relações do dia-a-dia das organizações de saúde - inclusive possibilitando alcançar compreensão para uma realidade propostas pelos antigos chineses, qual seja a de que o simples está sempre por de traz do complexo. Tal condiçãome permitiu identificar e agora apresentar caminhos e possibilidades para modelagem de sistemas de gestão mais profissionais e alinhados com a realidade contemporânea.