Estudos sobre presença de acadêmicos remanescentes de povos africanos e povos autóctones anunciam necessidade de compreendê-los em seus modos de ser, agir, pensar e em sua forma de significar o mundo. A produção e disseminação do conhecimento do país e a diversidade que o constitui são dissonantes. A conquista de membros de comunidades tradicionais à formação universitária não garante sua participação, com sua visão de mundo, no que se produz como conhecimento no país. Pesquisas fazem referência ao conhecimento tradicional, sem menção ou reconhecimento às comunidades tradicionais do ato ou autoria de sua produção. Ao ingressar na universidade e atuarem na construção e difusão do conhecimento, estes indivíduos provocam uma reflexão nas formas hegemônicas de sua produção, aprofundando questões até então não priorizadas. Os registros realizaram-se através de anotações em diário e gravações em áudio, fotografias e vídeos, trabalhados com a Análise Contrastiva. Concluímos que compreender as experiências de formação e de produção do conhecimento destes universitários passa por compreender seus protagonismos e conflitos neste processo de formação e de produção do conhecimento.
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