Com vista a contribuir para a gestão sustentável dos recursos naturais no grupo Kingomansala, foi realizado um estudo descritivo e analítico, de Fevereiro a Junho de 2017, para analisar as técnicas agrícolas utilizadas pelos agricultores profissionais, a fim de avaliar o seu impacto no equilíbrio dos ecossistemas florestais. As observações no terreno, apoiadas por inquéritos nas aldeias, mostraram que 90% da amostra-alvo semeia terras agrícolas menos férteis do que há pouco tempo; a maioria da população do grupo Kingomansala, ou seja, 62%, já não atinge o rendimento esperado das culturas, e 64% dos inquiridos admitem ter perdido terras aráveis. Entre as causas ligadas ao acesso aos solos férteis do terroir, 62% da população atribui a responsabilidade à desflorestação e 30% à pressão demográfica. É necessário difundir práticas agroflorestais inovadoras que protejam o ambiente, a fim de sedentarizar a agricultura de queimada; estimular a educação mesológica para sensibilizar a população local, reunindo um conjunto de actividades alternativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável.