É no ritual que se fortalece a convicção de que as concepções religiosas são verdadeiras, mesmo que esse ritual seja apenas a recitação de um mito. ¿Num ritual, o mundo vivido e o mundo imaginado fundem-se sob a mediação de um único conjunto de formas simbólicas, tornando-se um mundo únicö (GEERTZ, 1989, p. 129). Concordando com Geertz sobre os ritos, Durkheim (1989) comenta: ¿As representações religiosas são representações coletivas; os ritos são maneiras de agir que se destinam a suscitar, entreter ou refazer certos estados mentais destes mesmos grupos.¿ E Rolim comentando Habermas, afirma que: ¿...desde que se reconhece na prática ritual o fenômeno religioso mais original, pode-se ver no simbolismo religioso a mediação pelos símbolos, uma forma especial de interação. A prática ritual serve para estabelecer uma comunhão realizada na comunicaçãö (HABERMAS, apud, ROLIM, 1997, p.39). Não podemos nos limitar a ser espectadores de uma realidade cultural e nem conseguiríamos, pois somos agentes ativos desse processo. Na verdade é necessário não só ¿olhar por trás das interpretações... mas é preciso olhar através delas" (MERRILL, apud, GEERTZ, 1997, p.70).