Há múltiplas formas de se viver a velhice e mesmo de comunicá-la. Sob a ótica da Psicanálise e do pensamento dramatúrgico de Antonin Artaud, esta pesquisa abrangeu as narrativas de vida de oito idosos com idade entre 66 e 89 anos residentes no Abrigo do Cristo Redentor, instituição para idosos localizada em São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro. A partir das entrevistas e encontros coletivos e individuais, pudemos tomar contato mais profundo com a história de vida dessas pessoas antes e durante o período de institucionalização, cujo objetivo foi compreender se e como o sujeito pode continuar afirmando-se como sujeito de desejo em situações de institucionalização. Ressaltamos a narrativa como de fundamental importância para o investimento no ego por parte dos idosos entrevistados, de modo que o exercício da fala pudesse ser tomado como uma possibilidade de representação da existência.