Emmanuel Levinas nasceu em Kaunas, Lituânia, em 1906 e morreu em Paris, França, em 1995. Nosso filósofo ingressa na filosofia através da fenomenologia e no contexto da filosofia fenomenológica,especialmente a partir de Edmund Husserl, a tese predominante é a de que a consciência, em seu caráter intencional, constitui a objetividade do objeto. Mediante um procedimento metodológico, conhecido como pi (epoché, suspensão, pôr entre parênteses), o "Eu" cognoscente põe fora de circuito a crença na existência mundo, seja ele natural ou cultural , de tal modo que o que resulta é a consciência em sua pureza. O mundo, então, passa a ser "constituído", pela consciência intencional, enquanto sentido, significado. Neste sentido, toda exterioridade exterior à consciência passa a ser tema, ou objeto desta consciência mesma. O mundo, na esfera da consciência, é um mundo de essências, idealidades universais e fixas.Levinas vai se colocar contrário a esta tese especialmente no que se refere à experiência do "Outro", entendido como "Rosto" singular, único e que tem na sua expressão o caráter irredutível a uma "essência", a uma "idealidade" no sentido fenomenológico do termo.