O presente trabalho busca analisar os fenômenos da alienação do indivíduo no pensamento de Max Horkheimer, a partir das interpretações de Karl Marx, notadamente, na obra Manuscritos econômico-filosóficos. A sociedade, para Horkheimer, deve ser entendida como uma espécie de contextura formada entre todos os indivíduos. Assim, para se compreender os fenômenos da alienação, torna-se necessário descrever e compreender as relações imanentes ao trabalho humano, que deveriam retratar uma ideia de organização racional adequada a todos os seus membros. No entanto, o que ocorre é justamente o contrário, a razão que deveria conduzir o indivíduo à emancipação, torna-o indiferente e plenamente adaptado. Com suas capacidades de resistência e crítica eclipsadas, o indivíduo se fecha à possibilidade de novas experiências. A queda da experiência traz consigo uma perda da consciência de que a autorrealização foi empobrecida. A crítica do autor busca desvelar essa realidade, e mostrar o impedimentodo indivíduo em se tornar suficientemente consciente dos objetivos de sua autorrealização e consequente alienação.