A violência do Estado está aqui representada pela ação policial nas favelas do Rio de Janeiro. As invasões nas favelas são acompanhadas de mortes e desrespeito aos moradores. As ideias que aproximam delinquência e pobreza são disseminados na sociedade e fortalecem as práticas abusivas do Estado. A naturalização desta violência representa um jogo de saber/poder propagado pela mídia e já faz parte do discurso hegemônico. A polícia no Rio de Janeiro desde a sua criação, em 1808, tinha a função de proteger a corte dos mais pobres. Após a abolição da escravatura os ex-escravos passaram a ser a preocupação da polícia. Moravam em morros ou em cortiços, locais vistos de grande ¿perigo social¿. O mito da guerra civil que vem sendo construído por décadas justifica a invasão das favelas pela polícia. Para desconstruir o mito de que alguém nasce criminoso pensaremos a partir de Deleuze e Guattari que apontam para uma subjetividade em constante processo. A perspectiva de Spinoza, que sugere que os encontros são geradores de constantes afecções, aposta nos múltiplos modos de subjetivação que podem surgir a partir da violência. E o Estado sempre procura manter a população em situação de submissão.
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