Os vocábulos violência e universidade despertam certa curiosidade. Primeiro, quando se fala em universidade, tem-se em mente a catedral do conhecimento. E quando se fala de violência, o pensamento voa para ambiente distante de um templo. Nesse aparente paradoxo a obra se desenvolve para descrever os valores da universidade na sua trajetória histórica. As dificuldades enfrentadas pela universidade para que ela atualmente alcance um modelo definido demonstram que ela se mantém, ainda que os impérios se abatam. Nesse percurso, a violência, de forma sorrateira, ou mesma ostensiva, ousa ultrajar a sacralidade universitária. O mundo está permeado pela violência, de tal forma, que as famílias já não têm certeza de que os seus/suas filhos/filhas sairão da universidade aptos(as) para o exercício da profissão. A tranquilidade familiar está sendo invadida pela violência televisiva, que tende a banalizar as condutas nocivas de jovens em fase da vida que deveria ser de alegrias e de conquistas. Resta ao leitor buscar essas páginas vividas, que retratam a prática pedagógica em uma universidade pública de um Estado do nordeste deste Brasil, tão grande, tão lindo, tão rico e tão plural.