O parto e o nascimento são eventos milenares, culturais, individuais e familiares, mas, só pouco mais de um século, tornou-se objeto de interesse tanto da medicina quanto, estudar as formas de violência ocorridas no parto. No Brasil, em especial no Rio de Janeiro oitocentista, as gestações e partos da Princesa Isabel, por exemplo, mostram todo o contexto da medicina, sinalizando o pensamento e comportamentos sociais relativos à parturição, à construção da medicina no Brasil, às normas públicas que orientavam o evento parir e toda a metodologia utilizada. Centrando-nos na figura da Princesa Isabel, seus partos, intervencionistas e análises sobre suas experiências de parto, e, em especial, destacamos também, o contexto histórico dos serviços de Saúde no Brasil, e assinalamos a importância do parto diante da realidade brasileira que separa a vida familiar e comunitária da mulher, da dicotômica ideia implantada na sociedade e ambiente médico hospitalar.