Fipps der Affe de Wilhelm Busch é uma obra que se caracteriza por narrativas geradas a partir do amálgama entre texto linguístico e iconotexto, conduzindo à noção de politexto. À ótica dos Estudos da Tradução, a investigação de produções decorrentes da junção de diferentes modalidades semióticas conduz à ideia de que tradutores traduzem e paratraduzem politextos. O estudo de Fipps der Affe, à ótica da paratradução de José Yuste Frías, constitui um referencial incontornável aos pesquisadores e apreciadores de artes iluminadas e sequenciais. A presente pesquisa destina-se a investigadores das artes polissemióticas, como as histórias em quadrinhos e seus sucedâneos. Aos apreciadores de obras literárias permeadas por iconotextos, a presente investigação oferece uma nova forma de considerar a natureza dos textos plurais, definindo, por default, um espaço para o tradutor, qual seja: o umbral no qual se friccionam e se fundem os sentidos, demonstrando que, na prática tradutória é preciso abandonar estratificações semióticas e examinar os fenômenos expressivos em seu conjunto.