As migrações demográficas levantam a questão do destino dos grupos de migrantes. O povo Baule da Costa do Marfim, apesar da sua homogeneidade cultural, é um exemplo, com os Yaoure e os Ayaou, dois subgrupos que lhes pertencem, mas com particularidades ligadas ao seu destino. De que forma é que estes dois subgrupos de Baule tinham destinos diferentes? Este é o problema abordado neste estudo. Para responder a esta pergunta, é posta em prática uma metodologia que consiste na recolha e análise de numerosos factos que marcaram a história da Baule em geral, e a dos subgrupos estudados em particular. Assim, a diferença de destinos entre Yaouré e Ayaou foi em primeiro lugar no seu estabelecimento nas suas respectivas áreas de povoamento, depois nas suas relações com o poder político central de Baule instalado em Walèbo, e finalmente no modo de vida que cada um dos dois subgrupos adoptou em contacto com as populações indígenas da região e nas suas relações com o novo ambiente em que se estabeleceram.