Na vida em natureza, a mulher tinha certas funções; os homens, outras. A divisão de atividades não deveria surtir efeitos além de incumbências. Os encargos masculinos, todavia, foram valorizados, e os femininos minorados em relevância, indicando que os homens se arrogaram faculdade decisória na valoração das tarefas. Essa relação restou consolidada na cultura, situando homem e mulher em lugares de poder, real e simbólico, desequiparados. Por muito tempo os homens autorizaram-se o exercício de vantagens alicerçadas em diferenças biológicas nos corpos masculino e feminino. Há qualidades biológicas distintivas, a biologia, contudo, não é abono de nenhuma ordem, muito menos moral. Nada justifica diferenças no estatuto de cidadania de cada sexo. Não obstante, inscreveram-se, por toda a civilização, desvantagens às mulheres, as quais, só muito recentemente, foram questionadas e principiaram a ser desconstruídas. A equiparação entre os sexos é a revolução cultural marcante do século XX, e está, não sem resistências, em andamento. Este livro são observações de um homem e sua contribuição à luta do feminino.
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