DE SACCO A SIEBERNos últimos anos, fazer jornalismo em quadrinhos virou mania. A culpa do boom é de um maltês chamado Joe Sacco, autor de HQs como Palestina e Gorazde, que contam histórias tenebrosas de regiões de conflito. A moda pegou nas redações brasileiras. Toda semana aparece uma HQ nova em uma revista ou num jornal qualquer.Muitas delas sequer são feitas por quadrinistas - e o resultado dá dó. Outras, claro, são boas histórias.Mas não tem jeito: as melhores costumam ser do Allan Sieber. São justamente os quadrinhos reunidos neste É Tudo Mais ou Menos Verdade - ênfase no "mais ou menos".Sieber não segue a onda. Sua raiz é outra: Robert Crumb, gênio do underground, vem ganhando uns trocados com suas reportagens já faz umas décadas.Como Crumb, Sieber não faz matérias sobre o seu mundinho. Foge do próprio umbigo. É um outsider em suas próprias matérias. Zomba do ridículo. Até porque, afinal, que tipo de gente se inscreve em um curso de sedução num hotel vagabundo em Copacabana?Se Crumb (com sua mulher, a também quadrinista Aline Kominsky) foi à Semana de Moda de Nova York de 2003 como repórter da New Yorker, Sieber cobriu a Fashion Rio pela Trip.Sieber zoa do Rio de Janeiro, onde mora, e de Porto Alegre, onde cresceu. E também do futebol, das celebridades nacionais, do safári na favela e de um improvável Adolf Hitler que mora no Leblon.Sieber ri de nós. E por nós.Eduardo Nasi
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