A Arte de conquistar um homem, reflete bem o pensamento do autor sobre os conceitos morais contemporâneos, sobretudo, a questão conceitual do amor, o matrimônio, a existência consoante, às orientações pedagógicas premidas pelas ações do homem. Premissas essas elaboradas à luz da experiência e apresentadas ao leitor em forma de aforismo, orações curtas e máximas. Sem prejuízo de uma leitura aprofundada, o autor trata de esclarecer que é um livro vulgar, com palavras vulgares escritas à luz da prática cotidiana, da vivência sistêmica e de "uma base moral do corpo". Quase que espontaneamente o autor tenta exemplificar à falta de sinceridade que existe entre os homens e as mulheres no relacionamento, levando-os ao calabouço, a perda de tempo, a servidão dos sentimentos – a manifesta usura do problema moral do amor confundido na premeditação dos objetivos. Será o amor um Deus astuto, delinquente e frio? Existe outrora algum valor corrompido pelos condicionamentos dos instintos, ou seja, existe alguma pureza dogmática que torna os homens e as mulheres tão astutos? A luz das evidências o que resta são os instintos de sobrevivência. A fim de exemplificar, de fundamentar o pensamento Dilo dividiu o livro em quatro capítulos sem objetivos lógicos, porém meramente inconsequente. Assim o leitor não precisa se preocupar com a narrativa, precisa tampouco analisar o que se irrompe como uma prisão, cercada pela argúcia do escritor – convenhamos: um cínico.