Ao me deparar com os fenômenos que trouxe Maria Helena, especialmente os exemplos dos memoriais que ilustram seu construto epistemológico e, também, da amarração que vem desenvolvendo a questão da auto(hetero)biografização como meio de promover a formação de professores, percebi, após a leitura, uma aporia básica resultante da emergência de vários pensares, de diversas formas de abordagem do que ela vem tratando e trazendo, para mim, insinuações cognitivas de outras margens daquelas que costumeiramente temos trabalhado. O que foi que me desequilibrou cognitivamente a experiência da leitura? Em primeiro lugar é que a autora utilizou um processo circular de pensamento muito bem expresso. Ela inicia por dimensões epistemológicas, avança para questões teóricas e conclui com exemplo de memoriais que, por uma compreensão circular, aponta para a dimensão ricoeuriana do "discurso da ação". Em segundo lugar é que as partes, embora estejam delimitadas por títulos separados, se ligam umas às outras, de modo que existe uma clara interdependência entre elas, de maneira que se iniciar a leitura pelos exemplos, ou pelas dimensões teóricas, ou até mesmo das epistemológicas, não se perde a noção do todo e o seu conteúdo de totalidade não se escoa nas partes. Júlio César da Rosa Machado
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