Consolidada a mitologia de etno-nacionalidade baseada na experiência do cidadão judeu europeu, o projeto de construção da nação exclui completamente o palestino que, como o judeu oriental, é considerado «incivilizado». Mas, ao contrário do mizrahi, o palestino não é elegível para reabilitação - deve ser removido, diminuído e contido, geográfica, política e socialmente. A lei facilita esse processo ao despojar e deslocar o palestino e, simultaneamente, dá à nacionalidade judaica um valor cobiçado, que espelha os ideais do Iluminismo europeu de civilização e reflete a superioridade da branquitude. A descolonização é necessária para a autodeterminação palestina, porém, ela permite ainda mais potenciar a emancipação judaica para além do Estado.
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