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A Celestina é sem dúvidas um dos livros mais vendidos da literatura espanhola. Dizem que o livro foi impresso em mais de 200 edições antigas, embora menos da metade tenha sobrevivido até os dias atuais. A obra, de Fernando de Rojas (falecido em 1541), começou como uma comédia em 16 atos, que foi estendida para 21 atos na tragicomédia, que se tornou a versão popular. Além de ser publicado em toda a Espanha, o texto espanhol foi impresso em Lisboa, Roma, Veneza, Milão e na Antuérpia. Antigas traduções para o italiano, francês, alemão, inglês e holandês comprovam a grande popularidade da obra.…mehr
A Celestina é sem dúvidas um dos livros mais vendidos da literatura espanhola. Dizem que o livro foi impresso em mais de 200 edições antigas, embora menos da metade tenha sobrevivido até os dias atuais. A obra, de Fernando de Rojas (falecido em 1541), começou como uma comédia em 16 atos, que foi estendida para 21 atos na tragicomédia, que se tornou a versão popular. Além de ser publicado em toda a Espanha, o texto espanhol foi impresso em Lisboa, Roma, Veneza, Milão e na Antuérpia. Antigas traduções para o italiano, francês, alemão, inglês e holandês comprovam a grande popularidade da obra. Escrita na era do apogeu espanhol, A Celestina, de Fernando Rojas, marcou a história da literatura e do teatro ocidental devido à construção das personagens e às novas ideias que inaugurou, antecipando traços, características estilísticas e mesmo temáticas que apareceriam depois em Dom Quixote e Lazarilho de Tormes. É uma obra tão relevante que faz parte da famosa coletânea 1001 Livros para ler antes de morrer.
Fernando de Rojas (La Puebla de Montalbán, Toledo, c. 1470 - Talavera de la Reina, Toledo, 1541) foi um dramaturgo espanhol, autor de La Celestina. Nasceu em La Puebla de Montalbán (Toledo), por volta de 1470, no seio de uma família de cristãos-novos que volta a aparecer em processos inquisitoriais posteriores por manter o judaísmo às escondidas da Inquisição. Fernando de Rojas ajudou membros da sua família, denominados marranos e criptojudeus (Anusim na literatura rabínica), afetados pelas perseguições da Inquisição. A sua família foi perseguida e ele próprio aparece como acusado, em documentos, em versos acrónimos, documentos que mostram que foi ele o autor de La celestina. Estudou direito na Universidade de Salamanca, segundo ele mesmo afirma em La carta del autor a un amigo suyo, que precede o texto da sua obra. Aparece documentado que, por volta de 1496-1497, terá obtido o título de Bacharel em Leis.
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