Esta pesquisa teve por objetivo responder se os desastres ocorridos em Angra dos Reis são frutos da maior frequência e intensidade dos eventos extremos e/ou das situações de risco criadas a partir da vulnerabilidade social da população e suas formas de ocupação. Em duas décadas de dados analisados foram identificados três eventos catastróficos (2002, 2010 e 2013) com as seguintes características: associados a sistemas frontais; maiores a cada evento; mais intensos em Angra dos Reis do que nos municípios vizinhos; apenas 2010 e 2013 se consolidaram como eventos extremos. Concluímos que as consequências foram mais graves devido à condição de vida ruim da população atingida e, assim, percebe-se que os problemas enfrentados em Angra dos Reis são uma conjunção de processos naturais e sociais ocasionados pela proximidade da Serra do Mar com o Oceano Atlântico, fazendo com que episódios eventuais se tornem catastróficos para uma parcela da população, normalmente aquelas que acabam por ocupar as encostas, áreas mais afetadas por fenômenos naturais mais intensos.
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